domingo, 14 de março de 2010

Camisas Históricas - Todas as Camisas do Goleiro Bruno na Campanha do Hexa

O goleiro Bruno é um dos grandes hérois da história recente de títulos do rubro-negro. Ele se realizou algumas defesas de pênaltis em momentos importantes de partidas decisivas, o que deu o direito de entrada na galeria de ídolos da Gávea.

Na conquista do hexa, Bruno se destacou em duas vitórias cruciais para a arrancada que culminou no título. O goleiro pegou um pênalti de Lúcio Flávio e garantiu a vitória por 1x0 no Engenhão. Seis dias depois, contra o Santos, Bruno voltou a se consagrar ao defender 2 pênaltis cobrados por Ganso, garantindo uma vitória por 1x0, em que a torcida comemorou 3 "gols".

Bruno é um jogador polêmico e contestado fora dos campos, mas embaixo das traves do Mengão é quase uma unanimidade. Por isso, resolvi homenageá-lo com réplica de todas as camisas utilizadas por ele ao longo da campanha do hexacampeonato brasileiro. Destaque para a camisa azul com patrocínios da ale e Bozzano (usada por Bruno nas defesas depênalti contra Botafogo e Santos) e para a bela homenagem feita à Zé Carlos no jogo final, contra o Grêmio.

O template é quase o mesmo das camisas de jogadores de linha. as pequenas diferenças são: detalhe na manga direita; costura extra nas laterais de parte frontal; escudo costurado ao invés de silkado; e o uso de um só tecido em toda a camisa, ao contrario do uniforme de linha, que possui um dry-fit furadinho na secção do simbolo da OLK que aparece na altura dos ombros, formando a "listra torta".














quinta-feira, 11 de março de 2010

Camisas Históricas - O Penta Tri (2007-2008-2009)

O penta tri conquistado pelo Flamengo foi todo em cima do Botafogo. Essa trilogia foi recheada de emoção e polêmica (mais pelo chororô do adversário do que por qualquer utro motivo).

Em 2007, o Flamengo com o técnico Nei Franco voltava a disputa da Copa Libertadores e tinha uma zaga fraquíssima, com Moisés e Irineu. Mesmo com as dificuldades causadas pelo excesso de jogos e de um sistema defensifo frágil, acabou superando o forte ataque do adversário. O time esteve em desvantagem nos dois jogos da final. No primeiro buscou o empate, com gols de Renato e Souza, após completo domínio do Botafogo na primeira etapa, que acabou em 2x0 para o rival. No segundo jogo o chutaço de Renato Augusto no fim do jogo empatou o clássico, novamente em 2x2. Nos pênaltis, Bruno defendeu duas cobranças e o Flamengo sagrou-se campeão, com 4x2 no placar.

No ano seguinte o Flamengo de Joel Santana ganhou os dois jogos da final. No primeiro, 1X0 com gol de Obina. Já na partida derradeira, show de Obina e Tardelli, que entraram no segundo tempo para virar o jogo para 3x1 e de quebra igualar o número de títulos cariocas do Fluminense (que conquistou 5 de seus títulos antes do Flamengo sequer ter um time de futebol).

O útimo capítulo dessa trilogia foi em 2009. O tri foi conquistado novamente nos pênaltis e marcou o primeiro título na carreira do técnico Cuca (que precisou mudar de lado para conquistá-lo, após dois anos de derotas para o Flamengo). Ao final da primeira partida, Williams empatou um jogo em que o Flamengo havia sido completamente dominado nos primeiros 45 minutos, deixando tudo igual para o último jogo. O primeiro tempo da grande final, fez a torcida do Flamengo imaginar que o tri viria sem maiores sustos, 2x0 com dois gols de Kleberson. Mas o time voltou muito recuado na segunda etapa. Um penalti defendido por Bruno nos primeiro minutos da etapa complementar deu a impressão de que o rival não teria mais força e ânimo para correr atrás do resultado. Mas o Botafogo empatou o jogo, levando a decisão mais uma vez para os pênaltis. Bruno novamente defendeu duas cobranças e com outro 4x2, o capitão Fábio Luciano levantou uma taça carregada de significado. Era o Penta Tri, mas além disso tratava-se do símbolo da hegemonia no Campeonato Carioca, com 31 títulos, mesmo tendo menos participações que Botafogo e Fluminense.
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Para as três camisas que estamparam o tri, resolvi levar os templates à um outro nível. Tentei retratar as texturas dos diferentes tecidos utilizados pela Nike, dando um tom mais realista aos desenhos.

A camisa de 2007, fora lançada no ano anterior e seguia as linhas da camisa da Seleção Brasileira na Copa de 2006 (a mais bonita da história da CBF na minha opinião). A camisa rubro-negra tinha as mangas vermelhas e um tecido mais encorpado, com um dry-fit furadinho nas laterais e em outro detalhes na gola e mangas. O modelo trazia o patrocínio Cartão Petrobrás permanentemente na parte frontal. Um detalhe em verde e amarelo na nuca era a maior inovação em relação ao modelo anterior.


Já a camisa de 2008 foi uma homenagem à 1981. A Nike fez uma releitura atualizada do modelo que vestiu o time campeão da América. Essa foi, sem dúvida, a mais bela camisa da Era Nike. O manto também marcou a arrancada do Brasileirão 2007, quando o time pulou da zona de rebaixamento rumo à vaga da Libertadores. Além disso, ela vestiu o time num dos maiores fiascos da história do Flamengo, a eliminação para o América do México na Libertadores, poucos dias após o título estadual.


A camisa do capítulo final dessa trilogia foi a mais polêmica. Tratava-se de uma homenagem aos anos 70, mas a utilização da cor dourada gerou insatisfção de muitos. A camisa chegou a ser precocemente aposentada, mas após uma queda de braço com a Nike, o clube decidiu voltar a utilizá-la. O modelo ainda marcou rompimentos. Depois de mais de 20 anos, O Flamengo se divorciou da parceira Petrobrás, inclusive ganhando o título estadual com o uniforme limpo. Meses mais tarde foi a vez do adeus da própria Nike, após 10 anos e 6 modelos de manto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Camisas Históricas - Copa do Brasil 2006

A Copa do Brasil 2006 foi a segunda conquista do Flamengo na competição que é considerada o caminho mais curto até a Libertadores. A conquista teve uma enorme importância, pois mudou um panorama péssimo que tomava conta da Gávea nos anos que a precederam. Graças a esse time, o Mengão de voltou ao mais importante torneio do continente, após o fiasco em 2002 e obteve seu primeiro título em âmbito nacional desde 1992.

Após eliminar ASA, ABC, Guarani, Atlético Mineiro e Ipatinga o Flamengo chegou à decisão. o adversário era mais uma vez o maior rival, o Vasco. Mais uma vez o adversário era considerado o favorito, pois eliminara o Fluminense nas semi-finais, enquanto o Flamengo levara a melhor sobre o Ipatinga. Mas com atuações muito superiores às do rival, o rubro-negro fez valer o retrospecto de vitórias contra nosso mais fiel vice. O Fla levou a melhor nos dois jogos, 2x0 com gols de Obina e Luisão no primeiro jogo e 1x0 com Juan na segunda e derradeira partida.

Os jogos ocorreram depois de uma parada para a Copa do Mundo da Alemanha. Graças ao recesso, o técnico Nei Franco, contrato antes da final para substituir Waldemar Lemos, teve tempo para treinar e acertar o time e implementar o esquema 3-5-1. A mudança foi considerada por muitos especialistas como o maior motivo para a facilidade com que derrotou o rival. Isso porque liberou os laterais Léo Moura e Juan para jogarem como alas. Nascia aí a mais vitoriosa dupla de laterais do Flamengo, desde Leandro e Júnior.

Abaixo, a camisa utilizada na grande final, com o número de Obina, o herói das finais:



O template desse manto foi inaugurado em 2005, e fazia parte da coleção "Nike 90". A camisa tinha três tipos diferentes de tecido, um mais macio nas mangas e laterais, um poliéster mais encorpado na frente e nas costas e um dry-fit na parte inferior das costas.

O modelo teve outros layouts: O primeiro, com predomínio da cor preta, ficou muito pouco tempo em uso; logo muitas partes pretas foram coloridas de vermelho; Mais tarde, ao fim do Campeonato Brasileiro de 2005 o Lubrax foi substituído pelo Cartão Petrobrás; e já em 2006 o patrocínio Lubrax voltou à frente, enquanto o Cartão Petrobrás foi para a manga esquerda, e o inédito Petrobrás Podium na direita.

Essa camisa marcaria uma das piores épocas do Flamengo, não fosse o título da Copa do Brasil. O Campeonato Brasileiro de 2005 teve arrancada comandada pelo "Papai"Joel, com 6 vitórias e 3 empates nos últimos 9 jogos e a fuga do "rebaixamento certo". Fora o fracasso na Copa do Brasil de 2005, eliminado pelo Ceará nas oitavas, além dos péssimos Campeonatos Cariocas de 2005 e 2006. Mas ao invés do fracasso, essa camisa ficou marcada pela reação. Foi o manto do resgate à tradição de títulos. Com a vestimenta o Flamengo voltou à Libertadores e viu o nascimento de um time que conquistaria o Penta Tri carioca e o Brasileirão de 2009.

Aqui, os modelos usados em 2005:



quarta-feira, 3 de março de 2010

Camisas Históricas - O Tetra Tri (1999, 2000 e 2001)

O quarto tricampeonato do Flamengo foi todo em cima do maior rival, o Vasco. Nos três anos os vascaínos chegavam à final com todo o favoritismo, mas a raça em campo e a torcida nas arquibancadas levaram o Fla à uma série de títulos sobre o time da colina, não encerrada até hoje.

A história do tetra tri começou em 1999. Na época, as estrelas do time do Flamengo eram Romário e Athirson. Após um empate em 1 X 1 no primeiro jogo, o título estava nas mãos do Vasco até os 32 minutos do segundo tempo, quando Rodrigo Mendes acertou uma cobrança de falta rasteira no canto de Carlos Germano.

Em 2000, com Romário trocara de lado, mas a tarefa foi facilitada pelo show de Athirson no primeiro jogo da final. Na ocasião o time da Gávea venceu por 3 x 0. No segundo jogo, o Flamengo cozinhou a partida e acabou vencendo por 2 x 1. O bicampeonato vingou a derrota por 5 x 1 na Taça Guanabara, que dava amplo favoritismo ao Vasco . Pelo segundo ano consecutivo a nação sorria por último e melhor.

A camisa usada nos dois primeiros títulos foi a última da Umbro como fornecedora de material esportivo do Flamengo. Esse modelo foi um dos mais bonitos da era Umbro, apesar da ausência de uma listra nas costas, fato inédito no manto até então. Mas após vários modelos que abusavam de degradês e texturas de gosto duvidosos (1996 até 1998), essa camisa resgatou a beleza do uniforme rubro-negro. Ela ainda vestiu o time na conquista da Mercosul 99, diante do Palmeiras.

O tri viria em 2001, e para ser a cereja do bolo, foi o mais sofrido e por consequência o mais comemorado e com um sabor especial. A nação aguardava desde 1979 por um tri, e por isso foi maioria no Maraca. Mas o Vasco tinha vantagem teórica, por ter ganho muitos títulos no final do ano anterior, e na prática, porque jogava por dois resultados iguais, como o time de melhor campanha. Para piorar o panorama para o lado rubro-negro, o Vasco venceu o primeiro jogo da final por 2 x 1, o que obrigava o Flamengo a ganhar por uma diferença de dois gols.

No jogo derradeiro, o Flamengo até começou bem fazendo um gol de pênalti com o capetinha Edílson, mas o primeiro tempo terminou empatado. Na segunda etapa, em uma jogada gênial da dupla de desafetos, Pet e Edílson, o Flamengo rapidamente abriu frente no placar, mas o sofrimento durou até o finalzinho do jogo. Com o time todo se lançando ao ataque, o atual melhor goleiro do mundo, Júlio Cesár (uma jovem promessa na época) foi um verdadeiro herói ao parar todos os contra-ataques do rival. O jogador já havia operado verdadeiros milagres na etapa inicial. Mas foi somente aos 43 minutos que o verdadeiro personagem do título foi revelado, Petkovic executou uma cobrança de falta perfeita, no ângulo de Hélton. O gol causou uma explosão no lado rubro-negro do Maracanã e calou pela terceira vez seguida o lado vascaíno.

A camisa utilizada nesse ano foi a primeira da parceria Flanmengo e Nike. O modelo primava pela simplicidade, com gola careca e mangas todas pretas. A camisa trazia uma novidade para a época, tecido dri-fit nas mangas e laterais. Ainda havia um elemento inédito para a camisa número um, ela estampava pela primeira vez o escudo todo do Flamengo, ao invés do convencional CRF, que só retornaria em 2005.








Esse post atende a pedidos do Felipe e do Guilherme, em breve postarei mais camisas solicitadas por eles, para ilustrar mais um pouco a história do manto.