terça-feira, 22 de março de 2011

Camisas Históricas: 1961

Que o maior ídolo do Flamengo é Zico não se discute. O Galinho é o mais querido de 10 entre 10 rubro-negros. Os próximos na lista de preferência também vão pertencer a geração de 1981, que ganhou TUDO que um time poderia ganhar em seu tempo. Nomes como Júnior, Adílio, Andrade, Leandro certamente aparecerão no TOP 10 de qualquer torcedor. Nunes, Rondinelli, Mozer, Lico, Tita, também serão lembrados por muitos.


Fora da geração que conquistou o planeta, torcedores citarão tetracampeões mundiais formados na Gávea como Jorginho, Leonardo, Zinho e Bebeto (não veio da base, mas foi lapidado muito novinho pelo Mengão).


Os mais novos se lembram de Romário, que mesmo sem títulos de expressão pelo time, fato que conquistou pelo nosso maior rival, caiu nas graças da Torcida. Pet e Adriano, certamente merecem um lugar nas listas dos principais jogadores a vestirem o Manto, enquanto Ronaldinho busca feitos que valham a ele o mesmo lugar na história que já ocupa no coração da Nação.


Os mais antigos, no entanto, citarão ao menos um desses três nomes: Dida, Henrique Frade e Carlinhos. Os três jogadores estavam no time campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1961 (na época, com o mesmo peso de uma conquista nacional) e representam o que há de melhor na história do Flamengo pré-Zico. Ao lado de outros grandes como Joel e Gérson (mais identificado com Botafogo e Fluminense, apesar de formado na Gávea) o trio foi responsável pelo título mais importante do rubro-negro até o Brasileiro de 1980.


Dida e Henrique fizeram parte da geração tricampeã carioca em 53, 54 e 55 (o segundo chegou a Gávea em 1954, fparticipando das campanhas do bi e do tri), time que ainda contava com craques como Zagallo, Evaristo e Joel. Mas a dupla ainda é responsável por outra marca histórica: são os maiores artilheiros do Flamengo depois de Zico.


Dida, o segundo do ranking tem 264 gols em 357 jogos com o manto, enquanto Henrique Frade marcou 211 vezes em 402 partidas pelo clube e ocupa a terceira posição na artilharia do mais querido.


O Alagoano Edvaldo Alves de Santa Rosa, mais conhecido como Dida, começou sua carreira no CSA aos 16 anos. Com 20 chegava ao Flamengo, após ser observado pela delegação de vôlei do clube, que estava em Maceió e aproveitou o ensejo para assistir uma partida entre as seleções de Alagoas e da Paraíba. Todos ficaram impressionados com o jovem meia que marcara 3 gols. Não demorou para que um representante rubro-negro fosse ao Nordeste para trazer o jovem ao Rio de Janeiro, onde se tornaria o maior ídolo do nosso maior ídiolo.


Isso mesmo, Zico tinha em Dida sua maior inspiração no futebol. O Galinho diz, inclusive, que a primeira palavra que disse foi Dida. Portanto, não é absurdo dizer que o Alagoano tem influência direta nos melhores momentos vividos pelo futebol do clube.


Carlinhos surgiu no Flamengo após o tricampeonato, o jogador se profissionalizou em 1958. Mas sua história começara quatro anos antes, ao receber as chuteiras de Biguá, destaque rubro-negro que encerrava sua carreira. O ato era uma tradição do Futebol e se tratava de uma simbologia, como se um craque que saia de cena apadrinhasse uma jovem promessa do clube.


Como jogador, conquistou dois estaduais e o Torneio Rio-São Paulo de 1961, pouco para um jogador que era considerado um dos melhores meio-campistas de seu tempo. Mas pagou o preço de estar colocado em um momento histórico de entressafra de talentos.


Carlinhos era conhecido pelo apelido de Violino, graças a seu toque refinado e grande classe nos gramados. O jogador recebeu o Prêmio Belfort Duarte, honra pouco comum conferida aos jogadores que nunca foram expulsos de campo.


A aposentadoria de Carlinhos também contou com a cerimônia de entrega das chuteiras e ninguém menos do que o jovem Arthur Antunes Coimbra recebeu o calçado do Violino.


O amor pelo Flamengo não permitiu que a aposentadoria como jogador o afastasse da Gávea. Carlinhos virou treinador e acabou conquistando dois Campeonatos Brasileiros (1987, 1992), uma Mercosul (1999), além de três Cariocas (1991, 1999, 2000).


Recentemente, Carlinhos teve uma estátua inaugurada em sua homenagem, dentro da sede da Gávea.


Henrique Frade, do trio de homenageados, é o mais injustiçado pela história. Provavelmente é o menos lembrado, em comparação a Dida e Carlinhos, que de alguma forma têm suas histórias ligadas a Zico, o que ajuda seus nomes a manterem-se frescos na memória do torcedor.


Foi também, o único jogador do ataque rubro-negro a não ser convocado pelo técnico Vicente Feola para a Copa de 58. Teve que acompanhar à distância, seus companheiros Dida, Zagallo, Joel e Moacir conquistarem o primeiro título mundial para o Brasil.


No entanto, o centroavante tem seu merecido espaço no Olimpo rubro-negro, como uma das figuras intocáveis da grandiosa história do time da Gávea. Trata-se de um dos deuses que ajudaram a pavimentar as estradas da glória por onde caminharam Zico, Júnior, Adílio, Andrade e muitos mais, que envergaram o Manto com dedicação, amor, vontade, talento, habilidade e muitas outras virtudes olimpianas.


Abaixo, o Manto usado por mais de duas décadas, de 1950 até meados da década de 70, usado na conquista do tricampeonato (53, 54 e 55) e do Rio-São Paulo em 1961:



21 comentários:

Marcelo disse...

Konder, esse é um post para a posteridade. Merecidíssima homenagem a três dos maiores rubro-negros da história. Parabéns!

Salsicha disse...

Obrigado por atender o meu pedido

CB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CB disse...

Konder, obrigado por atender ao pedido do camarada Salsicha do comentário anterior (hahahaha, genial).

Mandou bem, Salshicha, meu caro!

E você, Konder, mandou melhor ainda!

Claro que não podemos esquecer de Evaristo, Babá, Domingos da Guia, Zizinho, Leônidas (This is Flamengo, porraaaa!), dentre outros monstros sagrados do panteão rubro negro da era A.Z. (Antes de Zico), mas Frade, Dida e Carlinhos são sensacionais!

Parabéns, Konder!

Além do Salshica, um amigo meu, rubro-negro da mais alta estirpe, o Farofa, vai curtir bastante o post!

abraço!

R.Konder disse...

Valeu Carter,

Próxima camisa histórica será do primeiro tri (42, 43 e 44), aí poderwemos homenagear Valido, Zizinho, Domingos da Guia, Pirilo, Biguá...

Hiago Kahlil disse...

Pow, Muito bom Vlw Konder.
Ei olha lá o comentário q deixei nesse post aqui, pode ajudar http://mantorubro-negro.blogspot.com/2011/03/flamengo-hyundai-minha-sugestao.html

Anônimo disse...

Ola pode me add no msn queria fala com vc belchiskol@hotmail.com

fico a sua espera

R.Konder disse...

Estou sem MSN, adicione meu Facebook. Rodrigo Konder.

Hiago Kahlil disse...

Konder, viu o Comentário que te falei? Tem Twitter?

Farofa disse...

Como já avisado pelo Carter, acima curti deveras esse post e esse mockup!

Belíssima homenagem à esses Monstros Sagrados do Flamengo da era a.Z (antes de Zico).

Parabéns pelo blog!

O próprio Carter me indicou-o há uns dias e já está devidamente favoritado =)


Saudações Rubro-Negras!

R.Konder disse...

Thiago, acho que foi uma ilusão da foto, pois a manga tava ligeiramente dobrada/enrrolada...

Filipe83 disse...

poha, manolos, Salshisha e Farofa?

Desce uma gelada aí que o tira gosto já tá garantido, irmão kkkkkkkkkkkkk

Aí, fala sério esse manto sagrado antigão aí era maneiro, mas prefiro o da adidas de 92 a camisa mais bonita que o mengão já teve, pco.

Hiago Kahlil disse...

Ei pow, né Thiago não é Hiago, rsrs vlew's

Hiago Kahlil disse...

Mais poh olha na 7º foto a primeira listra preta é mais grossa;

R.Konder disse...

Foi mal Hiago, leitura dinâmica FAIL.

Eu gosto mais com as alterações que vc fez, ó acho improvável, mas realmente fica muito melhor.

Hiago Kahlil disse...

Pois é, não visam mais a tradição e sim o $$$$, mais daquele jeito ficava muito mais bonito, um exemplo de como ficaria bom é a de futebol de arei, a logo da olympikus ficou mt bom. abs

Renato Croce disse...

Parabéns pelo blog, cara! Muito bom!!!
Colocarei em nossa lista de Amigos e Parceiros Rubro-Negros. Estarei sempre por aqui.. Abraço e SRN!

@RenatoCroce (Alexi Lalas)

Renato Croce disse...

Ahh, meu blog é o FlaManolos.

Thiago Miguez disse...

Faala Konder! Belo trabalho, como sempre!

* Recebi seu email. Só estou acabando de montar o PDF e organizá-lo e aí envio a você, ok? O trabalho é exaustivo!


Grande abraço!

André Xosta disse...

Konder, parabéns pelo trabalho. Meu nome é André Costa, e sou ilustrador do Blog Magia Rubro Negra, e tenho uma coluna lá que se chama Ídolos da Nação, onde relembro os craques Rubro Negros que também vestiram a camisa daSeleção Brasileira.

Gostaria muito de fazer uma parceria com vc, mostrando em meus posts, os mantos produzidos por vc. O que acha?

Entre em contato pelo email andre3d@terra.com.br.

Grande abraço
André

Guilherme Simões Reis disse...

O trabalho deste blog, antenado em relação a cada atualização do manto sagrado, é fantástico. O cumprimento da missão de recuperar cada camisa histórica, então, é fabuloso! Obrigado pela justíssima homenagem aos craques dos anos 50 e 60. Não que fosse pouca coisa, mas a história vitoriosa do Mengão começou muito antes da década de 1980!